segunda-feira, 16 de junho de 2008

UdiRockScene repercute no cenário nacional

Representantes de grandes bandas brasileiras elogiam o festival

Um dos maiores festivais de música independente do interior de Minas Gerais, o UdiRockScene, abalou as estruturas neste último final de semana, em Uberlândia, Triângulo Mineiro.

Durante os três dias de evento (13, 14 e 15 de junho), mais de 2,5 mil amantes do rock passaram pelo festival, seja para conferir a apresentação das bandas ou para participar das mesas redondas e discussões sobre o cenário da música independente no Brasil.

“Foi realmente muito positivo. Nós estamos satisfeitos com a repercussão do evento, principalmente, porque conseguimos reunir um grande público, todos os dias”, comemora o organizador Raphael Rabelo.

Já no primeiro dia, o Festival movimentou a sede do Sesc (Serviço Social do Comércio). Duas mesas redondas atraíram formadores de opinião, autoridades e pessoas que contribuem com a cultura na região.

Dois convidados especiais enriqueceram os debates. Participaram das discussões os responsáveis por selos musicais independentes de Minas Gerais e Goiás.

Para o responsável pelo "Valvulado Discos", selo musical de Uberlândia (MG), Alessandro Carvalho, “um selo musical independente geralmente surge da vontade de alguns de fazerem com que a música que está fora do mercado comercial seja vista pelo público e pela mídia”. “Ele ajuda a selecionar o que tem uma qualidade sonora superior e, além disso, dá suporte para a distribuição da música e divulgação de novas bandas e artistas”, reforça.


Muito som

Ainda no primeiro dia do festival, os fãs do estilo musical death metal aproveitaram a apresentação das primeiras bandas inscritas no UdiRockScene. O ponto de encontro foi no Garage80. Mais de 300 pessoas conferiram os shows de grupos mineiros e goianos. A organização do evento arrecadou mais de 350 litros de leite longa vida que será repassado para o projeto social “Mesa Brasil” do Sesc.

Os shows de estréia do UdiRockScene apresentaram ao público a característica do evento. A banda Zechs abriu o festival e agitou a galera, já de início, com o som pesado.

Ainda no primeiro dia, a experiente banda Mata Leão com influências diversas do rock mundial nas harmonias e arranjos, fez uma apresentação cheia de energia e fez a moçada vibrar.

No sábado (14/06), mais emoção. Entre as bandas que se apresentaram em uma das maiores casas de evento de Uberlândia, Acrópole, estava a Krisiun do Rio Grande do Sul. Conhecido internacionalmente, o grupo ditou o ritmo da noite.

O vocalista Alex Camargo, enfatizou a oportunidade de poder tocar para os fãs do Triângulo Mineiro, após duas décadas de formação da banda. “Esperamos 20 anos pra tocar pra vocês e finalmente rolou. Obrigado Uberlândia”, agradecia Alex entre uma música e outra.

O segundo dia do evento também foi marcado por estréias. A banda uberlandense Krow aproveitou o momento para lançar o primeiro EP. O baixista Raphael Sapão, também organizador do festival, estava satisfeito. “A galera nos deu um retorno positivo. Pularam e cantaram todas as músicas. Com certeza foi o termômetro da nossa importância no cenário da música independente”, conta. O EP “Contempt For You” tem o selo musical “Valvulado Discos” e traz o som já característico da banda que é um death metal calcado no thrash.

Outra banda que surpreendeu e mostrou que para gostar de rock não tem idade foi a Pleiades de Belo Horizonte. Formada por adolescentes de 12, 15 e 18 anos o grupo deu um show na apresentação e quebrou o mito de que as mulheres não têm espaço no segmento e que idade é documento pra ser grande no estilo. Eles comandaram o público que agradeceu com muitos gritos e acompanhamento das músicas. “Já participamos de vários festivais pelo interior de Minas e São Paulo, principalmente e por onde passamos buscamos provar que não somos apenas ‘os pirralhinhos do rock’, mas que temos um som de boa qualidade”, definiu a vocalista Cynthia Mara, 15.

Encerramento

Além de atrair milhares de pessoas, o UdiRockScene foi encerrado em grande estilo, com um balanço positivo.

As últimas bandas que passaram pelo palco da Acrópole, no domingo (15/05), entusiasmaram o incansável público e abriram espaço para a saudade e a expectativa para que, no próximo ano, o festival de música independente mais esperado do interior de Minas Gerais possa vir com tudo novamente. “Nós sentimos isso do público e vamos continuar na busca por aprimorar o evento e reunir, a cada ano, um número maior de pessoas, além de abrir espaço para que novas bandas possam se apresentar”, prometeu Raphael Rabelo.

A apresentação da banda Matanza do Rio de Janeiro - uma das mais aguardadas do festival – levou o público a viajar no som. O grupo fez um show inesquecível e encerrou em grande estilo o festival.

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