quarta-feira, 28 de outubro de 2009

JAMBOLADA TERMINA COM “CARNAVAL” E CONSOLIDA UBERLÂNDIA COMO PÓLO DA NOVA MUSICA NACIONAL

* Foto por Marco Nagoa. Show Pato Fu, sexta.

Festa ao ar livre na Praça Sérgio Pacheco no domingo encerrou o maior Jambolada já realizado até hoje; no total, 10 mil pessoas conferiram todas as atividades, que começaram na quarta-feira (21) e, além dos shows, envolveram debates de literatura, hip hop e meio ambiente, exposições, mostras, cinema, e intervenções teatrais

A chuva chegou a ameaçar cair em Uberlândia no domingo, dia 25. Ventou forte, chegou a gotejar. Mas tudo apenas contribuiu para o clima de celebração do maior Jambolada já realizado até hoje. O último dia levou 2.500 pessoas para a praça Sérgio Pacheco, já tradicional reduto de encerramento do festival. No palco, Anelis Assumpção trouxe o minimalismo e sensualidade de sua música dançante. O público embarcou no talento da jovem cantora.

A noite já caia quando a figura de Maria Alcina, veterana da MPB, adentrou o palco da praça e fez chover. Não água, mas confete e serpentina. Virou carnaval. O público pulou, balançou os braços de um lado para o outro, com direito, inclusive, a trenzinho, assim como nos bons e velhos carnavais. Momento de festa e emoção. “Hoje é o dia mais emocionante da minha vida”, repetiu algumas vezes a cantora, com visíveis lágrimas nos olhos, assim como o seu tecladista e o restante da banda. Maria Alcina levantou a poeira da praça e voltou para um bis recheado de marchinhas. Fim histórico para o Jambolada.

O domingo já havia proporcionado um momento de empolgação com a banda Seminovos, revelação pop rock da cena em Uberlândia e vencedora da categoria Webhit no VMB 2009. Também subiram ao palco a banda Cidadão Comum, de Ribeirão das Neves; Manolos Funk, de Vespaziano; e Graveola e o Lixo Polifônico, de Belo Horizonte.

Para um dos organizadores do festival, Alessandro Carvalho, do núcleo de produção “Valvulado”, o festival conseguiu este ano, ao mesmo tempo, nacionalizar-se ainda mais, trazendo atrações de vários estados, e, também, focar o trabalho nos grupos uberlandenses que estão lançando discos, como Dissidentes, Krow e Porcas Borboletas, todos com apresentações bastante elogiadas por público e crítica. “O Jambolada é vitrine também para os artistas do triângulo mineiro, que está se transformando aos poucos em um dos pólos da nova música nacional”, avaliou.

Talles Lopes, do “Coletivo Goma”, e também um dos organizadores do Jambolada, avalia o festival como o fortalecimento, em Minas, do Circuito Fora do Eixo, iniciativa que reúne jornalistas, produtores culturais, artistas, bandas e eventos independentes de todo o Brasil. “Nove coletivos estiveram presentes aqui em Uberlândia, a maior articulação já realizada em um estado. Até mesmo os artistas mais conhecidos que se apresentaram aqui adotaram o discurso de valorização do Jambolada e deste tipo de iniciativa para a musica brasileira”, disse.

NUMEROS

O maior Jambolada já realizado teve 32 shows, com cerca de 30 horas de música, levando ao Acrópole 3 mil pessoas no primeiro dia e 4.500 no segundo. Na praça Sérgio Pacheco, acompanhando shows e outras atividades, como o basquete de rua promovido pela CUFA, foram mais 2.500 pessoas, totalizando um público de 10 mil, recorde do Jambolada.

Completaram a programação o Jambo Literária - mesas redondas dedicadas à literatura com a presença dos escritores Xico Sá, Rui Mascarenhas e Alex Antunes; o Jambo Digital - debates sobre música, tecnologia e direito autoral; o Jambo Hip Hop - parceria com a CUFA (Central Única das Favelas) de Uberlândia; o Cine Jambolão - mostra da cena audiovisual independente; o Jambo Universitária - programação cultural dentro da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); o Jambo Mix - uma feira de moda e cultura alternativa; e o Jambo Verde - ações de conscientização ambiental.

É isso ae... ate o ano que vem!!!

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