Imagine quatro caras que cresceram juntos, no mesmo bairro, inventam de montar uma banda de hardcore e de forma totalmente independente, gravam demos-tapes, cds, vinis, tocam em todo o Brasil, Japão, America do Sul, Europa e lançam discos e mais discos, cada um mais original do que o outro? Sim, essa banda existe, é de Vila Velha-ES e se chama Mukeka Di Rato.
Com seus quase 16 anos muito bem rodados e fazendo um grande trabalho na cena independente, o Mukeka Di Rato presenteia os fãs com esse novo trabalho chamado “Atletas de Fristo”, que com certeza é o melhor trabalho já feito pela banda.
Acredito que os ares poluídos de Vitória, ajudaram os rapazes a fazerem um disco rápido, visceral, pesado e original. Com a genial produção de Fabio Mozine e mixagem e masterização de Ricardo Mendes, mantiveram um clima despretensioso, e bastante pensado em relação a timbres, coesão e musicas.
A faixa de abertura intitulada “Atletas de Fristo” começa com uma batida clássica e seca de hardcore do baterista Brek, bastante seguro do que está fazendo junto com o vocal potente e sujo de Sandrinho: “Mais de 500 milhas Correndo sem parar Maratona no abismo A avalanche vai chegar Os Atletas de Fristo Não deixam a tocha apagar Se acabar o combustível Vendem a mãe pra incinerar.” Completando a receita desse bolo estragado, os outros ingredientes: a guitarra torta do Paulista e o baixo mega distorcido de Mozine, quem entram na brincadeira e fazem qualquer mortal querer entrar numa roda de mosh.
O divisor de águas desse disco se chama “Pagando o Pato” que não dá para comparar com nada, pois é totalmente Mukeka Di Rato, misturando um reggae, com dub e punk rock com sing a long. Consigo imaginar muita gente cantando: “Se ao menos meu filme, não estivesse queimado. Talvéz meu retrato não tivesse que ser falado.” A participação de Fephascoal duelando nos vocais, deu uma melodia nunca antes tida pelo Mukeka di Rato.
E logo após o reggae, o hardcore quase death metal “Lua Cheia”, com o Felipe do Ass Flavour vomitando uma abertura, ou seja, de mercúrio a plutão em apenas uma faixa, coisa bem típica do Mukeka. “Atletas de Fristo” já pode ser considerado o melhor play de hardcore nacional (ou porque não, internacional também?) e digo isso com a total segurança. A mesma segurança que tiveram ao gravar esse disco.
http://www.myspace.com/mukekadirato
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